domingo, 15 de março de 2009

Tenso 3/3 1/2

Fala público requintado deste blog! Chegamos à parte final da nossa trilogia. Protelei por muito tempo a escritura desse artigo, talvez por preguiça, talvez por falta de tempo, talvez por ambos, mas neste período de tempo eu senti um vazio por dentro e decidi que era hora de finalmente escrever o quê durante esse tempo foi meu Moby Dick. Eu tive que dividir esse post novamente, em duas partes. Eu avisei no último post do Tenso que o dia tinha sido elouquente.

SÁBADO
Sábado eu estava devastado, cheguei de Teresópolis às 5:30 da tarde, e havia tido uma noite muito mal dormida, e não tinha conseguido tirar nenhum cochilo durante toda a uma hora e meia de viagem do Recanto Girassol para Ipanema. Mas ainda assim perserverava dentro de mim o espírito boêmio de sair com minha galerinha para destruir patrimônio público e usar drogas por aí.

Depois de uma hora de conversa jogada fora pelo MSN, cogitamos ir ao show da banda R. SIGMA no Jockey Club, mas falhamos por já ter passado o tempo do início do evento. Optamos então pela miserável opção de Baixo Gávea(Ah, BG, como eu odeio esse lugar, outro dia eu, talvez, explique o porquê)

Pois então, às 9:30 da noite me encontrava na praça que fede a mijo do Baixo Gávea com meu amigo Johnny, quando recebemos uma ligação dizendo para nos dirigirmos direto ao ponto de ônibus da praça e nos encontrarmos com o restante de um pessoal.

Chegando ao ponto, fui informado que nos dirigiamos para a casa de uma menina que ficava na Barra da Tijuca. Cara, só quem mora no Rio de Janeiro vai saber o que é sair da Zona Sul para ir para a Barra, ainda mais à noite. Mas eu fui, o máximo que podia acontecer era, ao passar pela Rocinha, nós sermos assaltados e socados, e as meninas, estupradas, então de uma forma ou de outra, ser homem nessa situação até que valia o esforço, só para presenciar este momento.

Mais aí (in)felizmente chegamos em segurança à casa da menina, casa beeeem legal, tinha um jardim grande onde ficava a piscina, que dava aquele clima bem American Pie pro negócio. Logo que entramos a boa anfitriã da casa notificou apenas duas regras: Não fazer sexo dentro da casa e não vomitar no jardim. Fiquei bolado e perguntei se pelo menos poderia fazer sexo no jardim e vomitar dentro da casa, e ela autorizou, então tranquilo.

Passou um tempo e como o uso de álcool prevê, começou aquele mergulhos de pessoas com roupa na piscina. Eu ainda era novo no ambiente, então me senti meio tímido em tirar a camisa e mergulhar na água, se bah, derrepente o pessoal começava a lavar roupa no meu tanquinho. (RÁRÁRÁRÁ não)

Mas após conhecermos uma galera muito gente boa dessa Zona Oeste do meu Rio, às 2 da manhã voltei com meus amigos playboys da Sona Zul, e pegamos o primeiro táxi que parou para nós, jovens com vestimentas duvidosas e aparência estarrecida.

E aí que entramos no táxi na mesma maneira oscilante que a gente estava na festa, cês tão ligados, falando uma quantidade de 11 palavrões em cada 10 palavras, simulando o som de animais e balançado o carro como se fosse um carrinho de montanha russa, uma coisa bem daqueles teenagers que você encontra andando de madrugada na rua e começam à mexer contigo, tá ligado, mas a diferença aí que a gente não tava mexendo com ninguém, apenas causando o caos, pacificamente. Até aí tava tudo tranquilo, o taxista - um cara caucasiano que aparentava já estar na sua meia idade e apresentava um cabelo de tom grisalho - tava levando muito na boa, tava até rindo de algumas coisas e tudo mais. Mas aí um dos meus amigos que estavam no carro recebeu a ligação de uma menininha que ele pegava, e depois de dar um esculacho nela benemérito de posteriormente entrar em alguma letra de funk, a gente explodiu.

Uma coisas que poucas mulheres sabem é que homem também gosta de falar mal do sexo oposto, igualmente de forma generalizada, como elas gostam de fazer. Claro que na maior parte do tempo, a gente costuma só elogiar, mas vocês acham que a galera é moleque piranha assim desde de nascença? Porra nenhuma; nós também temos, cada um, um corazón espiñado dentro da caixa toráxica, e machuca, tá.

E aí a gente foi, xingando toda essa vertente da raça humana que nasceram das nossas costelas, até quando eu fui perceber, cara, o taxista também tava no meio da conversa.

- Você tem que meter o cacetão mesmo, é meter o cacetão gostoso e depois sair fora - disse, gesticulando como um palestrante.

- É isso aí - esbravejamos em tom unísono.

Antes de proceder no texto, vejam bem, levem em consideração como a vida de um taxista deve ser - não querendo ofender ninguém que esteja lendo - mas deve ser foda. O cara vive a maior parte a sua vida trabalhando, e é um trabalho solitário, até mesmo quando você está com alguém no carro, dependendo do perfil do passageiro, não rola puxar conversa. E o cara ainda estava trabalhando depois das 2 da manhã, cara, imagina o saco. Quando surge uma porrada de galera da nova geração com hormônios aflorados - como nós somos - é uma chance do cara pelo menos ter uma boa conversa.

- Minha mulher mesmo tem chifre até nos pés.

- Sério? - perguntamos

- Sim, trabalhando mesmo eu pego uma porrada de buceta. Algumas vezes é uma menina que vai encontrar o namorado e que paga um boquetinho pra descolar um desconto. Outras, são mulheres que são solitárias e quando vêem um homem trabalhador e bonitão como eu, não dá outra. Eu só não subo em apartamento.

- Tá certo, vai que é uma maníaca que quer trepar com um taxista e depois arranca os teus testículos e coloca em um pote numa estante com outros vários potes com outros testículos, tipo uma coleção. Nunca se sabe né.

- Pois é, apartamento eu não subo não, tinha uma até que me chamou pra subir, eu falei "Se quiser a gente faz aqui na garagem", mas subir, nem pensar.

E assim nós procedemos nessa filosofia até a chegada em nosso destino. Eu percebi que não é a toa que a Globo tem aquele seriado que tem o cara do táxi lá. Taxistas são pessoas que entendem da vida, talvez pelo fato de passarem por tantas diferentes delas diariamente, conversar com diferentes pessoas e viver de forma simples.

O cara deu até um desconto pra nós, e eu não lembro de nenhum dos meus amigos ou eu ter pago um boquetinho.
Gente boa.

Finalizo essa budega amanhã, promessa de escoteiro.

2 Comentários:

Às 18 de março de 2009 às 19:56 , Blogger João Cordilha disse...

HAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAA obrigado pelas referências. melhor post de todos, fato

 
Às 18 de março de 2009 às 22:58 , Anonymous Anônimo disse...

cara,
TENSO FUDEU

 

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